segunda-feira, 27 de junho de 2011

O DIR4EITO DE IR E VIR BARRADO PELOS PEDÁGIOS - Márcia dos Santos Silva (Pelotas,RS)

Entre os diversos trabalhos apresentados,
um deles causou polêmica entre os participantes.

"A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva chocou, impressionou e orientou os presentes.

A jovem de 22 anos apresentou o "Direito Fundamental de Ir e Vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes,
ela fundamentou seus atos durante a apresentação.
Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional, o que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas. "No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente. Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.
Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.
Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.
Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", Acrescenta.
Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.
Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.

FONTE: JORNAL AGORA

REPASSEM A TODOS TEUS AMIGOS.

domingo, 26 de junho de 2011

ACORDA, DILMA! ELES ENLOUQUECERAM - Carlos Chagas

Em 1968 a União Soviética levava às últimas consequências sua tentativa de conter reações no mundo comunista. Invadira a Tchecoslováquia com tanques, canhões e soldados para ninguém botar defeito. A última resistência restringiu-se à Universidade de Praga, onde os estudantes rebelados e já derrotados escreveram no muro da reitoria: “Acorda, Lenin: eles enlouqueceram.”

Uns por presunção, outros por cautela, os principais auxiliares econômicos da presidente Dilma evoluem sobre o conteúdo do seu mandato. O que fazer, o que mudar, o que conservar?

É aqui que mora o perigo, porque ministros e dirigentes do PT demonstram arrogância e já tentam enquadrar o futuro conforme suas tendências e seus compromissos. Começam a ameaçar com mais ajuste fiscal, mais sacrifícios e mais neoliberalismo, depois de curta temporada de promessas de campanha, ano passado, destinada a angariar votos e garantir o poder.

Chega a ser agressiva a postura adotada pela equipe econômica, feliz por continuar mas incapaz de perceber chegada a hora de mudar de vez o modelo que nos assola desde os tempos do sociólogo. Pregam tudo o que faz a alegria dos potentados, dos banqueiros e dos especuladores, esquecendo-se da classe média e até se preparando para retirar das massas o alpiste oferecido há pouco como embuste eleitoral. Senão vejamos:

Prevêem os áulicos de Dilma que desta vez virá a reforma da Previdência Social. Traduzindo: vão restringir direitos dos aposentados, desvinculando de uma vez por todas do salário mínimo os vencimentos de quem parou de trabalhar. Pensionistas e aposentados do INSS e inativos do serviço público que se virem, porque receberão sempre menos do que os funcionários e trabalhadores em atividade. Quem mandou envelhecerem? Não demora muito estarão todos nivelados pelo salário mínimo. Ao mesmo tempo, mantém-se o desconto previdenciário para os que deixaram de trabalhar, como se disputassem novas aposentadorias, sabe-se lá se no céu ou no inferno.

Em paralelo, a equipe econômica já alardeia que os reajustes de salários vão minguar, ou melhor, não haverá nenhum este ano, para o funcionalismo. Jamais isso acontecerá em anos eleitorais, assim, há esperança para 2012. Mesmo assim, encostarão na inflação, na dependência dela não crescer muito. Mais ainda: os responsáveis pelos juros altos são os assalariados e os aposentados, não os especuladores e os banqueiros cujos lucros, em todas as previsões, só farão crescer.

No capítulo das reformas diabólicas, asseguram que desta vez virá a reforma trabalhista. Para restabelecer direitos surripiados nos oito anos do sociólogo? Nem pensar. Para extinguir as poucas prerrogativas sociais que sobraram. Por exemplo: vão acabar com a multa por demissões imotivadas e vão autorizar o parcelamento em doze vezes ao ano do décimo-terceiro salário e das férias remuneradas. Como a cada ano os salário e vencimentos perdem parte de seu poder aquisitivo, em poucos anos as parcelas estão incorporadas à perda, ou seja, desaparecerão.

Outra iniciativa a assolar o país no mandato da presidente Dilma está sendo a contenção dos gastos públicos, atendendo a exigências do poder econômico. Não apenas demissões em massa no serviço público e retomada do processo de privatizações, mas cortes em investimentos de infra-estrutura, saúde, educação, habitação e congêneres. Ninguém se iluda se, a prevalecer a cartilha dos neoliberais incrustados no governo, logo se propuser a privatização da parte da Petrobrás que continuou pública, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e até dos presídios, como já acontece com os aeroportos. Nada melhor do que para atender as exigências do PCC, do CV e congêneres, vender as cadeias à iniciativa privada. Algumas vão virar hotéis de cinco estrelas, para os bandidos que puderem pagar. O resto que se vire...

Numa palavra, ainda que verbalmente, os auxiliares econômicos de Dilma Rousseff estão assinando uma nova "Carta aos Brasileiros". Trata-se da repetição de que desenvolvimento e crescimento econômico acontecerão às custas dos mesmos de sempre, porque está guardada para o fim a maior de suas pérolas: reconhecendo que a carga fiscal anda insuportável para quem produz e para quem vive de salário, voltam a prometer que na reforma tributária em gestação farão com que “mais cidadãos paguem impostos, para todos os cidadãos pagarem menos”. Trata-se do maior embuste produzido por esses embusteiros. Significa que o pobrezinho, até hoje livre de impostos por não ter o que comer, começará a pagar com um único objetivo oculto: aliviar a carga fiscal do grande, daquele que pode pagar e que ficará profundamente agradecido por pagar menos.

Diante dessas previsões, só resta mesmo gritar aos sete ventos: "acorda, Dilma! Eles enlouqueceram!"

|

sábado, 25 de junho de 2011

MAISVAREJOCAMPINAS.COM.BR

ACIC ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CAMPINAS
CDL CÃMARA DOS DIRIGENTES LOJISTAS DE CAMPINAS PROMOVEM
SENAC SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZADO COMERCIAL CAMPINAS

NO AUDITÓRIO DA ACIC RUA JOSÉ PAULINO, 1111 SEXTO ANDAR CAMPINAS
TRÊS WORK SHOPS E TRÊS PALESTRAS

MAIORES INFORMAÇÕES EM WWW.MAISVAREJOCAMPINAS.COM.BR


AUMENTE SUAS VENDAS E AUMENTE SEUS LUCROS

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ESTRADAS DA VIDA - Joao Bosco Leal

.
No reino animal o ser humano talvez seja o que nasce com maior dependência. Normalmente os irracionais já ficam em pé logo ao nascer, imediatamente procurando o úbere materno para mamar, o que não ocorre com os humanos.
A dependência, em todas as espécies, permanece por um bom período, em geral durante a infância e a juventude, apesar de atualmente os jovens humanos procurarem manter essa condição pelo maior tempo possível.
Ao sairmos dos cuidados paternos passamos a caminhar por uma estrada única, da nossa própria vida, quando seremos o próprio motorista, que escolherá o próprio caminho, a velocidade, o tipo de pista, o veículo e nela não haverá vigilantes rodoviários.
As escolhas nos levam a estradas com mais ou menos pistas, com melhor ou pior asfalto, valetas, terra, pântano, locais de planície ou de morros, ou de climas mais amenos, quentes ou frios. Coisas que aprendemos no passado e até mesmo as atuais sugestões paternas não serão sequer consideradas em virtude de já nos entendermos mais preparados do que eles.
No caminho encontraremos pessoas que poderão ou não nos acompanhar, tornando essa viagem mais prazerosa, ou enchendo-a de pedras. Poderão contar piadas ou histórias tristes, dar dicas de caminhos mais fáceis ou fornecer informações erradas que nos levarão a uma estrada sem saída, ao pé do morro.
Os que nos acompanharem poderão desembarcar durante a viagem por vontade própria, por haverem chegado ao seu ponto final, ou por nosso desejo, de não desejarmos mais continuar a viagem com eles e interrompermos a carona que lhes foi dada.
No pensamento, a estrada poderá ser percorrida, durante toda sua duração, com velocidade bastante lenta ou de anos-luz e a capacidade da memória poderá ser de alguns bytes ou de muitos Terabytes. Tudo dependerá da quantidade da sua busca e do armazenamento de informações que escolher fazer.
O conforto ou desconforto dessa viagem é uma opção pessoal e mesmo assim há pessoas que não percebem, ou não assumem, que serão as únicas responsáveis pelas escolhas e suas consequencias, seus resultados.
Ao realizarmos auto-críticas, temos a possibilidade de refazer nossas escolhas. Podemos olhar ao longo da estrada para trás e para frente e escolher se continuamos por ela ou pegamos outra que sai para o lado em direção bastante diferente, ou mesmo uma que mais adiante caminhará paralelamente a esta.
Buscando ser disciplinados podemos inclusive nos aplicar multas, algumas merecidas e outras nem tanto, ao percebermos excessos e erros nas conduções físicas, alimentares ou quaisquer outras. Nossa mente está sempre pronta para pensar em novas alternativas, mudanças ou retorno ao início.
O importante é que façamos as correções necessárias, que alteram a duração da viagem, tornando-a mais curta ou longa, rápida ou demorada, com mais ou menos paisagens, pessoas e lugares novos para se conhecer.
Pequeno é o que continua dependente, até sobre suas opções, e não se dá ao direito de corrigir seu próprio rumo, sua velocidade ou mesmo seus acompanhantes.
www.joaoboscoleal.com.br

quinta-feira, 23 de junho de 2011

COISAS QUE NINGUEM CONTA PRA GENTE!!!!

COISAS QUE NINGUÉM CONTA PRA GENTE!


Serviço 102 (Informações)
Quando você precisar do serviço 102, que custa R$ 2,05.
Lembre-se que agora existe o concorrente que cobra apenas R$ 0,29 por informação fone 0300-789-5900.

Para informações da lista telefonica, use o nº 102030 que é gratuito, enquanto que o 102 e 144 são pagos e caros.

*Correios*
Se você tem por hábito utilizar os Correios, para enviar correspondência, observe que se enviar algo de pessoa física para pessoa física, num envelope leve, ou seja, que contenha duas folhas mais ou menos, para qualquer lugar/ Estado, e bem abaixo do local onde coloca o CEP escrever a frase 'Carta Social', você pagará somente R$0,01 por ela.

Isso está nas Normas afixadas nas agências dos correios, mas é claro que não está escrito em letras graúdas e nem facilmente visível.

O preço que se paga pela mesma carta, caso não se escreva 'Carta Social', conforme explicado acima custará em torno de R $0,27 (o grama).


Agora imaginem no Brasil inteiro, quantas pessoas desconhecem este fato e pagam valores indevidos por uma carta pessoal diariamente?

*Telefone Fixo para Celular*
A MELHOR DE TODAS!!!
Se você ligar de um telefone fixo da sua casa para um telefone celular, será cobrada sempre uma taxa a mais do que uma ligação normal, ou seja, de celular para celular. Mas se acrescentar um número a mais, durante a discagem, lhe será cobrada apenas a tarifa local normal..


Resumindo:
Ao ligar para um celular sempre repita o ultimo dígito do número.
Exemplos:
9XXX - 2522 + 2 / 9X7X - 1345 + 5

Atenção:
o número a ser acrescido deverá ser sempre o último número do telefone celular chamado! (Dá certo eu já tentei!!!!!!!).

Serviços bancários pela Internet
Para quem acessa o Home Banking de casa.


Vale a pena ler e se prevenir.
Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:

1 - Minimize a página.
Se o teclado virtual for minimizado também, está correto.

Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata!

Não tecle nada.



2 - Sempre que entrar no site do banco, digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez .

Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmente do banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada.

Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal.

Sites piratas não têm como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.


3 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da página aparece o ícone de um cadeado; além disso clique 2 vezes sobre esse ícone; uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer.

Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas uma imagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.
Os 3 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão que você jamais seja vítima de fraude virtual.

SEJA SOLIDÁRIO, REPASSE AOS SEUS AMIGOS.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O DIA DA SALVAÇÃO - Leonardo Miranda Alves

Deus atendeu aos pedidos do bem e livrou o mundo de todo o mal. Durante milênios Ele escutou a humanidade e resolveu atender a sua arcaica moral.
Aboliu a tristeza do mundo e nunca mais se ouviu falar em felicidade; acabou com a fome e sede e ninguém mais pode se saciar; eliminou a descrença e nunca mais existiu fé. Ele acabou com a escuridão e a luz ficou sem ter onde iluminar. Com a extinção dos medos se enterrou toda coragem, as dúvidas foram esquecidas e não foi mais preciso pensar.
Criou um mundo onde as pessoas não se perdiam, pois nenhuma delas foi capaz de se encontrar. Com o fim da traição se foi o valor da amizade, não existia o ódio e ninguém, nunca mais, foi capaz de amar... Terminadas todas as guerras não era possível imaginar a paz.
Sem doenças, nada pode curar. Não existia a velhice ou nenhuma juventude. Esquecida a rebeldia acabaram-se as revoluções e os vícios foram eliminados ao lado da noção do saudável. Ao termino do desejo não houve mais a vontade! Com o fim do caos, a harmonia deixou de inspirar. Ao por das dúvidas se enceram todas as certezas e o bem... Bom, este partiu de mãos dadas com o mal, dançando em ritmos para além da velha e dual moral...

Leonardo Miranda Alves , é Jornalista formado pela PUC
e Responsavel pelo site www.alfenasagora.com.br

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A REALPOLITIK E A UTOPIA - Gaudênciio Torquato

A Realpolitik e a utopia
18 de junho de 2011 | 0h 00
Torquato - O Estado de S.Paulo
Três historinhas, sendo a primeira muito conhecida.


Condenado à morte por corromper a juventude, Sócrates, o filósofo, recusou a oferta para fugir de Atenas sob o argumento de que seu compromisso com a polis não lhe permitia transgredir as regras. Os gregos cultivavam o respeito à lei.

Lúcio Júnio Bruto, fundador da República Romana, libertou seu povo da tirania de Tarquínio, derrubando a monarquia. Mais tarde, executou os próprios filhos por conspirarem contra o novo regime. Pregava o poeta Horácio: "Doce e digno é morrer pela Pátria".

Outro romano, rico e matreiro, conta Maquiavel no Livro III sobre os discursos de Tito Lívio, deu comida aos pobres por ocasião de uma epidemia de fome e, por esse ato, foi executado por seus concidadãos. O argumento: pretendia tornar-se um tirano. Os romanos prezavam mais a liberdade do que o bem-estar social.

Os relatos sugerem a seguinte pergunta: qual dos três personagens se sairia melhor caso o enredo ocorresse dentro do cenário da política contemporânea? O terceiro, sem dúvida. Não seria executado por alimentar a plebe, mas glorificado, mesmo que por trás da distribuição de alimentos escondesse a intenção de alongar um projeto de poder. Essa é a hipótese mais provável em países, como o Brasil, de forte tradição patrimonialista e com imensas parcelas marginalizadas e carentes.

A moldura acima oferece uma leitura de dois mundos. O primeiro é regrado por princípios e valores, dentre os quais se destacam o compromisso com o bem comum e com a vida harmoniosa, a obediência às leis, a defesa da moral e da ética, a grandeza da Pátria. Tem que ver com a paradisíaca ilha da Utopia, que o inglês Thomas Morus descreveu: uma terra de paz e tranquilidade onde os habitantes não têm propriedade individual e absoluta e trocam de casa a cada dez anos, ganhando por sorteio o espaço que lhes cabe. Esse Estado perfeito é o espelho da cidade divina, em contraposição à cidade terrestre. Esta, mais afinada com o universo esboçado por Maquiavel, se inspira no princípio "os fins justificam os meios". O florentino prega a noção de que o povo é dotado de razão, sendo capaz de decidir o seu destino. Sonha com a liberdade. Para conquistá-lo o príncipe deve usar os meios que se fizerem necessários. Transparece aqui a lógica maquiavélica: ideologias e valores morais devem ceder lugar aos instrumentos que podem garantir a hegemonia ou o equilíbrio da balança do poder. Ou, para usar a expressão de Weber, a ética da ação deve prevalecer sobre a ética da consciência.

Pois bem, o desenho pode ser projetado para entendermos a presente quadra político-institucional vivida pelo País, na qual se tem expandido a massa crítica sobre a voracidade dos atores políticos, partidos e dirigentes. Como é sabido, na abertura dos ciclos administrativos, a crise crônica entre os Poderes Executivo e Legislativo alcança altos níveis de tensão. O fato é que os novos governantes tendem a rebater pressões e demandas por cargos e espaços no vasto território da administração federal, feitas pelos parceiros. Tem sido assim desde os tempos de Sarney, em 1985. Com Lula viu-se a mesma gangorra. Ora o governo ganhava mais fôlego no Parlamento, ora faltava oxigênio. Até o momento em que o próprio presidente passou a fazer articulação política.

No caso do atual governo, a sístole tem-se apresentado de maneira mais intensa em razão da identidade técnica da presidente. Dilma Rousseff toma precauções para não se tornar refém da esfera política. Neste ponto se abre uma polêmica, por sinal, bastante azeitada por intérpretes de nossa política, que batem de maneira insistente na tecla da "voracidade dos partidos aliados". Denuncia-se, ainda, a criação de dificuldades por parte dos atores políticos para obter facilidades, e o fisiologismo, apresentado como traço indelével das siglas.

Esse é o ponto nevrálgico. É possível governar sem o concurso do agrupamento partidário na administração? Impossível. Sem o apoio dos partidos da base o chamado presidencialismo de coalizão soçobrará na missão. Qual é a medida do bom senso na distribuição das fatias do bolo do poder? Primeira regra: avaliar o peso relativo dos entes partidários. Segunda: selecionar perfis adequados e condizentes para as estruturas governativas. Aristóteles, em suas reflexões sobre política, dá uma pista: "Quando diversos tocadores de flauta possuem mérito igual, não é aos mais nobres que as melhores flautas devem ser dadas, pois eles não as farão soar melhor; ao mais hábil é que deve ser dado o melhor instrumento". Trata-se de meritocracia. Terceira: preservar e preencher as áreas econômicas com perfis técnicos. Quarta: controlar, cobrar resultados.

Críticas são procedentes quando se enxerga a apropriação da res publica pelo bolso privado. Ou em caso de ineficiência dos gestores. Para tanto há sistemas de controle, a partir do Tribunal de Contas da União e dos promotores públicos. Portanto, nem lá nem cá. As demandas partidárias devem ser contempladas com critério. Partidos que ganham devem participar da administração. Esse, porém, tem sido o calcanhar de Aquiles da presidente Dilma, ou, se quiserem, o abacaxi a ser descascado pela ministra Ideli Salvatti. A imagem com que se defronta o governo é a de encruzilhada, onde se bifurcam duas estradas. Uma leva os atores políticos à ilha de Thomas Morus. Onde rezarão pela cartilha da ética, da moral, da lei, da harmonia. Aí se ergue o altar da política como deveria ser. A outra os conduz ao espaço da política como ela é. Mundo de Maquiavel. Pleno de demandas, pressões, pedidos, obras, interesses. Essa é a terra dos nossos "ismos": mandonismo, nepotismo, grupismo, familismo, caciquismo, patriarcalismo, todos sementes do patrimonialismo.

Sugestão: uma confissão do escritor de O Príncipe com o santo que escreveu A Utopia.


JORNALISTA, É PROFESSOR TITULAR DA USP, CONSULTOR POLÍTICO E DE COMUNICAÇÃO TWITTER: @GAUDTORQUATO




SOBRE A NOVA CHEFE DA CASA CIVIL

...


Relato de jornalista amiga e de confiança que mora em Curitiba.


NÃO CAIA NESSA, AVISE TODOS QUE PUDER, É SÓ FACHADA!!!


Conheço a Gleisi há muitos e muitos anos. A mãe dela mora (e ela também morava) há 3 casas da casa da minha mãe, e a história dela é a seguinte: Advogada formada por uma faculdade de quinta aqui no Paraná, rebelde e sempre metida nas questões sociais – não com o intuito de ajudar, e sim se sobressair pela polêmica e rebeldia, ser notada. Advogada de porta de cadeia (verdade), disposta a tudo para “vencer na vida”. Manja o estilo?


Bem, o tempo passou e a moça casou-se com um moço simples e de família, tipo "CDF", concursado do Banco do Brasil. Por competência, o moço foi transferido para Brasília, onde o casal acabou indo morar temporariamente (de favor) no apartamento funcional do Sr. Paulo Bernardo.
Bem, adivinhe o que rapidamente aconteceu com o marido competente, gordinho mas sem muita expectativa de um futuro meteórico? Um par de chifres.
Pobre Sr. Paulo Bernardo, andava tão solitário naquele enorme apartamento em Brasília...


Coincidentemente, após a união com esse senhor, a carreira política da moça deslanchou, apesar dos fatos completamente irrelevantes de falta de competências, experiências, formação acadêmica, etc., etc., que afinal só são exigidos mesmo dos reles mortais.


Mas, para quem tem padrinhos como os que ela tem, todo o resto, inclusive ética, idoneidade, caráter, etc., também são totalmente dispensáveis...
Ela não foi prefeita de Londrina ou qualquer outra cidade. Lá ela ocupou um cargo de Secretária Municipal, de onde foi alçada a Diretora Executiva da Itaipu Binacional!!!Lá pelo jeito, o requisito principal era a “discrição administrativa”, se é que você me entende... Na época, o presidente da empresa era o Samek(1), outro petistazinho arruaceiro que adorava causar tumultos aqui pelo Paraná...
A Gleisi não passa de uma LARANJA do marido dela e da gangue do Lula, da Dilma, do Temer e de toda essa corja, que está enchendo os bolsos de dinheiro e lesando os cofres públicos bem diante de nossos olhos!
A estratégia dela sempre foi essa, a de parecer meiga, preocupada com as diferenças sociais e ávida por ajudar a lutar pelos menos favorecidos...


Nas disputas políticas das quais ela participou aqui no Paraná o enfoque foi sempre esse: falar baixo, jamais realçar o fato de ser esposa do então ministro, apresentar-se como uma submissa servidora do presidente Lula – que por sua vez nunca falou muito nela. Tudo isso foi sempre muito bem blindado pelo PT.


O objetivo foi sempre tê-la como uma marionete, articulada pelo marido e outros manda-chuvas...Se isso ainda for pouco para que você trace um perfil da moça, um conhecido nosso testemunhou a entrega de uma maleta com 1 milhão de dólares para ela... E não faz muito tempo...
Ela mora atualmente no prédio que fica exatamente nos fundos do meu escritório.

Apesar de bem localizado os apartamentos são bem pequenos e acanhados para uma dupla tão dinâmica. Só fachada, mais uma vez...


Confira nos próximos meses a carreira desta personagem.


(1) O paranaense Jorge Samek, presidente da usina hidrelétrica Itaipu Binacional durante os oito anos do governo Lula, será mantido no cargo na gestão de Dilma Rousseff. A confirmação foi feira pela presidente, nesta sexta-feira (4), dia em que ela anunciou vários nomes para o setor de energia.
Os anúncios vieram após um blecaute que deixou diversos estados do Nordeste no escuro, na madrugada de sexta-feira. Segundo a assessoria de Dilma, algumas mudanças estavam em curso, mas foram aceleradas por conta do apagão.
Samek, filiado ao PT, assumiu a Itaipu Binacional em 2003, a convite do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O convite veio pouco tempo após Samek ter sido eleito deputado federal pelo Paraná. Depois que Lula deixou o governo, Samek ficou na expectativa de continuar no cargo, mas até esta sexta-feira não havia tido nenhum contato oficial com a presidente Dilma Rousseff nesse sentido.
A presidente Dilma Rousseff decidiu nomear José da Costa Carvalho Neto para a presidência da Eletrobras. Carvalho era presidente-interino da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). Para a Eletronorte, foi nomeado José Antônio Muniz, que deixa o comando da Eletrobras. Ele é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Fonte: http://www.bemparana.com.br/index.php?n=171081&t=dilma-mantem-jorge-samek-na-presidencia-da-itaipu

domingo, 19 de junho de 2011

AS FERAS ESTÃO SOLTAS - Francisco Marcos

AS FERAS ESTÃO SOLTAS
Francisco Marcos, cientista político

Sumaré recebeu a visita de Lula e Zeca Dirceu em encontro petista, Lula desancou os tucanos, acusando-os de achincalhamento dos petistas. O imbróglio campineiro não é caldo ralo, se for mexido devidamente chegará até a Sodoma e Gomorra do terceiro milênio: Brasília. A operação Castelo de Areia foi demolida pelo STJ sob a alegação de nulidade. Muita areia ($$$) neste Castelo, inclue-se uma obra campineira: ETE Anhumas.
O direito de defesa não foi cerceado aos envolvidos, quando da detenção de Maluf não vi por parte destes defensores da legalidade colocações a respeito. O petismo está mais para seita do que para um partido político, só os que rezam pelo catecismo bettico são puros, só eles serão salvos. Quando a balança da justiça pende para o lado deles, tudo bem, mas quando vai para outro lado, surge a cantilena: somos perseguidos, os promotores extrapolam, os juízes estão de má vontade.
Lembremos que o mensalão jamais existiu, tudo foi obra maquiavélica da elite dominante e da imprensa golpista. A mais recente injustiça se deu com Palocci, punido pela sua competência, tivemos o auge da inveja, o que comprova que o brasileiro adora o fracasso e penaliza o sucesso.
Tenho minhas dúvidas quanto a resistência e fortaleza do triunvirato processante em Campinas. Faço votos para que resistam às pressões que deram uma amostra na quarta feira passada, dia 15 de junho, movimentos devidamente cooptados, liderados e orquestrados para se contrapor aos que desejam o impedimento do alcaide, inocente, pois nada sabe e é considerado perseguido.
O alcaide e o delator mor, amigos desde a infância pantaneira, através de artigos em jornal deram uma demonstração do que são capazes, baixaria é elogio para as colocações dos desafetos de hoje e parceiros de ontem.
A votação de 16 a 15, e a duas fugas da raia, indica que ao final deixaremos de ter o cabalístico Vinte e Dois como resultado.
“As feras jamais deixam suas tocas em vão.”












AS FERAS ESTÃO SOLTAS
Francisco Marcos, cientista político

Sumaré recebeu a visita de Lula e Zeca Dirceu em encontro petista, Lula desancou os tucanos, acusando-os de achincalhamento dos petistas. O imbróglio campineiro não é caldo ralo, se for mexido devidamente chegará até a Sodoma e Gomorra do terceiro milênio: Brasília. A operação Castelo de Areia foi demolida pelo STJ sob a alegação de nulidade. Muita areia ($$$) neste Castelo, inclue-se uma obra campineira: ETE Anhumas.
O direito de defesa não foi cerceado aos envolvidos, quando da detenção de Maluf não vi por parte destes defensores da legalidade colocações a respeito. O petismo está mais para seita do que para um partido político, só os que rezam pelo catecismo bettico são puros, só eles serão salvos. Quando a balança da justiça pende para o lado deles, tudo bem, mas quando vai para outro lado, surge a cantilena: somos perseguidos, os promotores extrapolam, os juízes estão de má vontade.
Lembremos que o mensalão jamais existiu, tudo foi obra maquiavélica da elite dominante e da imprensa golpista. A mais recente injustiça se deu com Palocci, punido pela sua competência, tivemos o auge da inveja, o que comprova que o brasileiro adora o fracasso e penaliza o sucesso.
Tenho minhas dúvidas quanto a resistência e fortaleza do triunvirato processante em Campinas. Faço votos para que resistam às pressões que deram uma amostra na quarta feira passada, dia 15 de junho, movimentos devidamente cooptados, liderados e orquestrados para se contrapor aos que desejam o impedimento do alcaide, inocente, pois nada sabe e é considerado perseguido.
O alcaide e o delator mor, amigos desde a infância pantaneira, através de artigos em jornal deram uma demonstração do que são capazes, baixaria é elogio para as colocações dos desafetos de hoje e parceiros de ontem.
A votação de 16 a 15, e a duas fugas da raia, indica que ao final deixaremos de ter o cabalístico Vinte e Dois como resultado.
“As feras jamais deixam suas tocas em vão.”

quinta-feira, 16 de junho de 2011

GUERRA NO PANTANAL: AQUINO X HÉLIO

Ao ler o Correio do dia 14/6/2011, na página A2, deparei-me com dois artigos realmente interessantes. “Cinismo”, do Manuel Carlos, e “A mascara da infâmia”, do senhor prefeito. Parabéns ao senhor Manoel Carlos pela contextualização apresentada; quanto ao artigo do senhor prefeito, faço os comentários a seguir, malgrado tenha até agora me imposto o silêncio, limitando a minha fala, como convém, aos autos do processo, sem alarido.

Inicialmente quero pedir desculpas para a população campineira. Cometi, sim, atitudes equivocadas, porém, optei por corrigir meus atos e trilhar novamente por caminhos corretos, dignos e verdadeiros.

O pecado, senhor prefeito, não se torna pecado somente quando é descoberto, mas quando praticado. Assumo meus erros e vou responder por eles.

Tive a coragem de assumir o que fiz, de não me esconder da população e da Justiça. Solitariamente, após muito refletir, de maneira espontânea e serena, procurei o Ministério Público - não os inquisidores como o prefeito denomina os representantes do Ministério Público - e relatei ou delatei, como queiram, todo o processo instalado na Sanasa do qual participei. Se fui o único a cometer tais atos, resta explicável que todas as empresas envolvidas tenham continuado e que muitas ainda continuem até hoje prestando serviços na Sanasa.

Ora, senhor prefeito, conhecendo todas as empresas e as situações em 2008, e o senhor sabia, como relatou o próprio vice-prefeito, não só eu teria sido desligado da Sanasa, mas também todas as empresas envolvidas, houvesse o mínimo de decência na Administração.

Se falarmos de biografia, senhor prefeito, as nossas são parecidas. Excelentes alunos nos 1º e 2º graus, frequentamos a mesma Universidade, fizemos sucesso nas nossas profissões e nos perdemos na administração pública, portanto, deixemos de lado o cinismo ao falar de biografias.

Quando o senhor falou de falta de caráter, René Le Senne deve ter ficado furioso, pois caráter refere-se ao conjunto de disposições congênitas que o individuo possui desde seu nascimento e compõe, assim, o esqueleto mental do individuo. Talvez o senhor devesse dizer mau-caráter, aquele que não tem misericórdia e nem compaixão de ninguém, pessoa egoísta e mesquinha, que só olha para o seu próprio umbigo e pensa no seu bolso. Sinceramente, esse figurino lhe cai muito melhor do que em mim. Como pensar em meu próprio bolso?

Lembra-se, senhor prefeito, que em novembro de 1997, quando estávamos no Giovanetti da Rua Thomas Alves, o senhor pediu-me ajuda financeira ? Naquela época, o senhor não tinha cargo político e, assim, durante o ano de 1998, ajudei-lhe a manter sua família, para que o senhor só se dedicasse à política.

Lembra-se, senhor prefeito, o quanto eu lhe ajudei durante sua primeira campanha para deputado federal, em 1998, ou já se esqueceu?

Lembra-se, que após a sua vitoria à Câmara Federal, você vivia dizendo como era difícil movimentar-se em Brasília sem automóvel? Lembra-se quem lhe deu um Ômega escuro para essa finalidade? Sempre estive ao seu lado, Dr. Hélio, até por admiração. Mas tudo tem limites. O senhor sabe muito bem que não menti ao Ministério Público sequer numa vírgula.

O grande ato de luxúria não foi cometido por mim, mas por você, ao vender a própria alma ao diabo para se eleger prefeito no primeiro mandato. Pagar essa dívida até hoje tem sido difícil. Lembra-se das incontáveis reuniões com os “credores” realizadas em hotéis na cidade de São Paulo até altas horas da noite? Desde antes do primeiro dia do seu primeiro mandato de prefeito municipal de Campinas, você já começava a pagar essa dívida, nomeando pessoas desqualificadas para o alto escalão, que Campinas não conhecia e que não conheciam Campinas. Já se esqueceu? Acho que não, o senhor tem boa memória!

Discordo também quando o você diz que não tenho credibilidade para fazer acusações. Não fiz acusações, mas reconheci meus atos, tal como se deram e vou responder por eles, como já disse. Aliás, o senhor falando de credibilidade? Não posso acreditar que tenha se esquecido de tudo o que se passou em sua Administração, no entanto, a julgar-se pelos “pequenos” esquecimentos relativos a propriedades de empresas e de imóveis não declarados, fica fácil perceber como o senhor busca deliberadamente esquecer-se celeremente das coisas, quando lhe convém. O senhor tem saído atualmente nas ruas? Será que a população campineira realmente ainda acredita na sua credibilidade? O senhor desceria a 13 de Maio hoje sem escolta?

Como escreveu Saramago, em a Jangada de Pedra, “a verdade está sempre à nossa espera, chega o dia em que não podemos fugir-lhe”.

Seria mais útil que o senhor, ao invés de atacar-me pela imprensa, de forma rasteira, própria dos viperinos, direcionasse todas as suas energias para tentar explicar-se para a população de Campinas. Mas isso o senhor não faz.

Quanto a mim, posso dizer que hoje durmo em paz comigo mesmo, não tenho nada a esconder da minha família, dos amigos e da população. Sei onde está minha ex-mulher e mãe dos meus filhos, e durmo todas as noites.

PARA QUEM NÃO VENDE SUA HONESTIDADE NEM SUA DIGNIDADE - Marcela Moreira

Olá
Sabemos que abertura da Comissão Processante na Câmara de Campinas para investigar os indícios de desvio de mais de R$ 615 milhões só aconteceu, pois conseguimos mobilizar quase mil pessoas para pressionar os vereadores e eles perceberam que, ou votavam com o povo, ou apanhariam do povo presente naquela sessão. Estamos revoltados com a situação em que se encontra nossa cidade. Campinas deveria ser destaque por ser uma cidade justa e igualitária e não nas páginas policiais, vítima de corrupção e safadeza.
Ontem, 15 de junho, foi votado na Câmara Municipal de Campinas o afastamento do prefeito a fim de que as investigações da Comissão Processante pudesse avaliar com isenção, transparência e lisura o impedimento do prefeito. O prefeito ao permanecer no cargo impede acesso aos documentos que comprovam os indícios de corrupção, além de queimar provas e comprar pessoas para blindá-lo.
Os vereadores que votaram NÃO na sessão de ontem demonstraram que não mais representam seus eleitores – se é que em algum dia representaram – e evidenciaram que estão com o prefeito ladrão, talvez até porque estejam com o rabo preso. Desta maneira, colocaram-se favoráveis às fraudes e às irregularidades que sabíamos existir desde o primeiro mandato do atual prefeito e que não conseguíamos provar porque o esquema estava muito bem blindado. Com a denúncia do Aquino, “um deles”, começa a ficar evidente a rede criminosa, hoje investigada pelo Ministério Público, com cenas de prisões, fugas e compras de “Habeas Corpus Preventivos”.
Depois que conseguimos pressionar os vereadores para abrirem a Comissão Processante, o Hélio levou para Câmara um trio elétrico e pagou R$ 30,00 para as pessoas das comunidades carentes irem lá bater palma para ele. Estas pessoas também foram ameaçadas de perderem suas cestas básicas e vagas em projetos sociais. Muitas, ao chegarem à Câmara, perceberam o que estava acontecendo e demonstraram vergonha do papel que estavam cumprindo. Quem defendia descaradamente o prefeito eram os comissionados, temerosos de perderem a boquinha de R$ 4 mil ao mês.
Ontem perdemos uma batalha, mas espero que não percamos a guerra pela dignidade em nosso país. O que deixaremos de herança para nossos filhos? Por isso, envio esta mensagem a você, num apelo, ou vamos para rua e arrancamos estes ladrões que tomaram conta da prefeitura e da Câmara Municipal ou vamos engolir mais uma pizza daqui alguns meses.
Faremos atos nas ruas, também estamos colhendo assinaturas num abaixo-assinado contra corrupção e pelo Fora Hélio. Envio em anexo o arquivo, peço que imprima e passe na sua escola, na faculdade, no colégio técnico, em sua igreja, em sua empresa, em sua fábrica, em seu clube. Além disso, envio o link do abaixo-assinado on line, que depois será impresso, anexado e entregue à Câmara e ao Ministério Público.
Coloque um pano preto em sua casa, coloque uma faixa preta em seu carro, temos que mostrar que estamos em luto, mas dessa dor tiraremos força para limpar nossa cidade. Convido você a participar conosco das atividades e a divulgá-las para toda sua rede de contatos. Os políticos sem-vergonha da nossa cidade contam com o nosso esquecimento e nossa acomodação. Vamos mostrar para eles que temos vergonha na cara e não sangue de barata. Vamos mostrar para eles que nossa consciência e nossa honestidade não têm preço.
Qualquer dúvida entre em contato e lembre-se, em casa somos um, nas ruas somos milhares e milhões! Acredite na sua força, acredite que podemos mudar o mundo!!!

Marcela Moreira

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ARLY LARA MATA A COBRA E MOSTRA A COBRA

Discurso proferido pelo Vereador Arly de Lara Romêo (PSB) na tribuna da Câmara Municipal de Campinas, na Reunião Ordinária do dia 15 de junho de 2011.



Hoje é um dia histórico no nosso Município. Esta Casa tem a oportunidade de falar “NÃO”, “BASTA” a tudo o que está acontecendo!
O documento entregue hoje aos Vereadores pelo líder do Governo, a pedido do advogado do Prefeito, induz a equívoco e não pode prosperar. A decisão hoje é POLÍTICA e visa a atender o interesse público, que está sendo violentado todos os dias, todas as horas.
O Prefeito alega que é golpe sujo e político da oposição. Pergunto: os Promotores são oposição ao Prefeito?
O juiz da 3ª Vara Criminal é oposição? Só pode caber na cabeça de alguém que está desesperado porque cometeu por ação ou omissão inúmeros desatinos.
Povo de Campinas, estudantes, Sindicatos, Associações, Servidores Públicos, vamos todos mostrar que não é possível suportarmos no nosso país situações como essa. Campinas, Terra de Carlos Gomes, já deu inúmeros exemplos de bravura, coragem e luta pelos superiores interesses da nossa cidade e sua gente.
Nós temos independência e liberdade para tomar uma atitude que demonstre inequivocamente que repudiamos todos os fatos deploráveis de corrupção, numa flagrante traição ao povo de Campinas, aos interesses da Cidade e a esta Câmara Municipal, que tanto apoiou essa Administração.
Não podemos ter medo e nem nos intimidar com a fala dos advogados do Prefeito. Eles não são donos da verdade. O julgamento e decisão desta Casa são de natureza política e, por isso mesmo, no interesse público se impõe o afastamento do Prefeito Municipal de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, porque ele é conivente com os desmandos praticados no seu governo, pela sua esposa e outros integrantes da Administração.
Inúmeros Decretos baixados pelo atual Prefeito atribuem enorme poder de mando e decisão à Secretária-Chefe de Gabinete. Ela nunca exerceu o cargo de primeira-dama porque sempre foi uma super dama-de-ferro, primeira Ministra, mais poderosa que todos os Secretários juntos.
O Prefeito é um cara-de-pau e subestima e goza da cara do povo e desta Casa, ao negar sordidamente com cinismo revoltante que não sabe de nada. Ele é casado com ela, vive com ela, toma café com ela, dorme com ela... como negar que não sabia da máquina corrupta que foi instalada no quarto andar?
A Administração do atual Prefeito é marcada pela arrogância, prepotência, autoritarismo e centralização, que sempre causaram indignação, inclusive nos seus aliados.
Nós, Vereadores, temos que ter o rabo preso com a nossa consciência e com os interesses do povo que nos elegeu, e não com os interesses escusos do quarto andar.
Eu tenho ótimos advogados comigo e sei que os demais Vereadores também possuem excelentes profissionais que os assessoram.
Como já disse, nosso julgamento é político e qualquer pessoa minimamente informada sabe que o Prefeito não tem mais condições morais e éticas para continuar à frente do Executivo.
Um Prefeito que perde um Secretário do naipe do Ex-Reitor da Unicamp, Prof. Dr. José Tadeu Jorge, que deixou a Secretaria chocado e envergonhado, não pode continuar no comando da Cidade.
Se os advogados do Prefeito entendem que o afastamento seria ILEGAL, porque esse medo da decisão no dia de hoje, uma vez que se assim o entenderem, podem recorrer ao Judiciário?
Não acredito que, se esta Casa vier a afastá-lo, que ele consiga retornar ao seu cargo por força de decisão Judicial definitiva, mas se assim ocorrer, esta Casa terá demonstrado a toda a sociedade que cumpriu o seu papel de afastar o Prefeito que hoje ENVERGONHA toda uma população. A história registrará de forma inexorável a nossa decisão de hoje.
Hoje, andei muito pela Cidade e o povo está clamando nas ruas, nas empresas, na mídia, pelo afastamento do Prefeito pelo bem e moralidade da Cidade.
Estou profundamente triste e indignado com essa situação; ninguém merece isso. O Prefeito deveria ter juízo e tomar a iniciativa de se afastar e ir embora.
Não podemos nos acovardar! Vamos à guerra, se for o caso, se esse for o caminho para resgatarmos a dignidade e a paz na nossa cidade.
Os vereadores são livres para votar segundo sua convicção, mas não podemos nos esquecer de que o povo também é livre segundo suas convicções.
Senhor Presidente Dr. Pedro Serafim: impõe-se que defendamos a todo custo as prerrogativas desta Casa, de liberdade para decidir segundo o interesse público e por isso mesmo vamos defender a nossa Casa Legislativa com altivez e independência.
Me causa indignação que o Ex-Prefeito de Campinas, Dr. Lauro Pericles Gonçalves, não tenha deixado ainda a SANASA. Ele é o Presidente da empresa que é palco de tantas irregularidades. Não entendo como ele não vem a público para, como Presidente, dar satisfação à opinião Pública.
Também causa espécie que várias empresas, como a Global, continuem prestando serviços à SANASA.
Isso revela, senhores, a necessidade de uma profunda reforma administrativa no município de Campinas e nas suas autarquias e empresas.
O Presidente da SANASA é a Rainha da Inglaterra, já que lá existia Diretor designado pelo quarto andar para mandar e desmandar, e praticar todo tipo de corrupção jamais vista na nossa história.
Há uma expressão americana que caracteriza muito bem o estágio que chegou o Prefeito, pelo seu descrédito e revolta que está causando à população: “pato-manco” ou “lame duck”.
Precisamos de uma reforma moral no nosso país. O Fantástico de domingo passado mostrou inúmeras obras paralisadas e superfaturadas. Uma vergonha nacional. A omissão desta Casa, ao negar o afastamento do Prefeito, certamente será matéria de toda a imprensa televisiva, escrita e radiofônica, caracterizando-se como uma atitude na contramão dos fatos e anseios da nossa sofrida população.
É óbvio que o advogado do Prefeito está muito bem pago para defendê-lo. Não precisamos da sua interpretação sobre as bases legais e políticas que embasarão a decisão desta Casa. Devemos, sim, ao contrário dos advogados do Prefeito, respeitar e acreditar na Comissão Processante que é composta por vereadores que saberão agir com lisura, independência e coragem.
O Prefeito não soube valorizar e respeitar sua base, envergonhando-a de forma inegável.
Por todas essas razões, a posição serena, responsável e madura da bancada do PSB é pelo afastamento do Prefeito Hélio de Oliveira Santos, até a conclusão do relatório da Comissão Processante, quando teremos o veredicto, a decisão final.
Que Deus nos ajude nesses momentos tão difíceis pelos quais todos nós estamos passando.



Muito obrigado.
Vereador ARLY DE LARA ROMÊO
Líder da Bancada do PSB

RESPOSTA A UM PROFESSOR PETISTA - Percival Puggina

"Três décadas neste mister de emitir opinião me habituaram a e-mails de aprovação e de reprovação. Pela primeira vez, no entanto, um leitor me escreve não para comentar determinado texto, mas para atacar "o conjunto da obra". Ele topou com algo que escrevi e acessou meu blog. Sentindo-se ferido em seus brios petistas, partiu para o ataque. Decidi responder-lhe através de um artigo. É o que segue. Primeiro diz ele e, em seguida, respondo eu.
Diz ele que meu único motivo ao escrever é avacalhar o PT e que atribuo ao PT e ao comunismo (que segundo ele "já não existe") todos os males do mundo.
Respondo eu. A lista dos adversários que combato, professor, é extensa. Eu aponto erros, critico e ironizo, entre outros, o PT, a Teologia da Libertação, a chamada Igreja Progressista, as práticas revolucionárias do MST e movimentos assemelhados, o relativismo moral, a deseducação sexual, a complacência com o crime, a corrupção, o péssimo modelo institucional brasileiro, o corporativismo nos menores e nos maiores escalões, a doutrinação política nas escolas, a perda da soberania nacional para as nações indígenas, a influência das ONGs estrangeiras nas políticas brasileiras, a estatização, a concentração de poderes e de recursos em Brasília, a carga tributária, a partidarização do Poder Judiciário, a destruição da instituição familiar, a gratuidade do ensino superior público para quem pode pagar por ele. Combato, mas não avacalho. Mas se os petistas enfiam todas essas carapuças, o que eu posso fazer, professor?
Por outro lado, o maior sucesso dos comunistas nunca foi alcançado no plano das realizações pretendidas ou prometidas, mas em fazer crer que não existia. Não se diga isso, contudo, para alguém que dezenas de vezes por ano é chamado pela mídia para debater com defensores do regime cubano, ou do regime de Chávez, ou do mito Guevara, muitos dos quais usando distintivos com foice e martelo, ou com estrelinhas vermelhas. Dizer-me que comunismo não existe vale tanto quanto bater pé insistindo que Papai Noel existe.
Diz ele que jamais reconheço qualquer mérito ao PT ao longo dos oito anos do governo Lula, que desprezo os 84% de brasileiros que lhe atribuíram conceitos de aprovação, que não levo em conta os milhões de egressos da miséria durante sua gestão e que os governos dos partidos que eu apoio jamais fizeram isso.
Respondo eu. Reconheço méritos no governo Lula, sim. Muito escrevi a respeito do principal desses méritos, que foi o de chutar para longe a maior parte das bobagens que cobrava e das propostas tolas e demagógicas com que se apresentou à sociedade durante duas décadas. No entanto, ao descartar aquela plataforma irresponsável, em vez de se desculpar perante a nação, Lula simplesmente afirmou que "a gente quando está na oposição faz muita bravata". Que vergonha, professor! Durante vinte anos o partido dele cresceu deformando a opinião pública e afirmando que o paraíso estava poucos passos além das bravatas com que acenava para buscar votos.
Felizmente, a despeito das duríssimas campanhas contra elas movidas por Lula e o seu partido, os governos anteriores ao do PT implantaram e deram continuidade a importantes políticas. A saber: a) o Plano Real, que os petistas chamavam de estelionato eleitoral; b) a Lei de Responsabilidade Fiscal, que chamavam de arrocho imposto pelo FMI; c) a abertura da economia brasileira, que chamavam de globalização neoliberal; d) o fim do protecionismo à indústria nacional, que chamavam de sucateamento do nosso parque produtivo; e) as privatizações, que chamavam de venda do nosso patrimônio; f) o cumprimento das obrigações com os credores internacionais, que chamavam de pagar a dívida com sangue do povo; g) a geração de superávit fiscal, que chamavam de guardar dinheiro para dar ao FMI; h) o Proer, que chamavam de dar dinheiro do povo para banqueiro; e i) o fortalecimento da agricultura empresarial, que queriam substituir por assentamentos do MST.
Em momento algum os governos anteriores ao de Lula receberam dos endinheirados do país e de suas entidades representativas as manifestações de estima e consideração que ele colecionou enquanto dava bolsa família para os pobres e bolsa Louis Vuitton para os ricos.
Diz ele que sou um defensor de privilegiados e que nenhum outro presidente brasileiro foi tão bem entendido pelo povo.
Respondo eu. De fato, Lula se revelou um craque na comunicação social. Fazia parte dessa estratégia ter um discurso diferente para cada auditório e não manter hoje o menor compromisso com o discurso de ontem. Para sorte dele, a grande imprensa sempre o protegeu, inclusive no episódio do Mensalão. E a ninguém ocorreu apresentar à CUT o que ele dizia quando falava à CNI. Nem mostrar à CNI o que ele dizia na CUT. Ademais, quem defende privilegiados é o PT. Que o digam os banqueiros e os financiadores de suas campanhas e as grandes corporações. O senhor não lê jornais, professor? Por outro lado, se lê o que escrevo sabe que não há sequer uma frase de minha autoria em defesa de qualquer privilégio ou de qualquer privilegiado.
Diz ele que os governos militares torturaram, exilaram, brasileiros durante mais de vinte anos.
Respondo eu. Não foi só durante os governos militares que houve tortura no Brasil. A tortura era uma prática institucionalizada no aparato policial brasileiro e ainda não está extinta, como frequentemente se fica sabendo e como, muito mais frequentemente, não se fica sabendo. Portanto, debitar a prática da tortura aos governos militares é desprezar todos os outros torturados, de ontem e de hoje, para canonizar os guerrilheiros e terroristas que possam ter sido vítimas dessa deplorável e criminosa forma de ação investigatória.
Diz ele, referindo-se às minhas severas restrições à Campanha da Fraternidade (CF) deste ano, que eu não sou ninguém para criticar uma pessoa do porte do Leonardo Boff. Lembra que São Francisco falava em irmão lobo e irmã água e que, por extensão, o Poverello também diria "mãe terra". Na sequência, reafirma a frase do hino da CF, segundo a qual nosso planeta é a "mais bela criatura de Deus".
Respondo eu. Não faz qualquer sentido, para mim, como católico, ficar com Leonardo Boff contra a orientação de dois papas da estatura espiritual e intelectual de João Paulo II e Bento XVI. Por outro lado, presumir que São Francisco, ao falar em "irmão lobo" e "irmã água", também poderia falar "mãe terra" (expressão inserida na CF deste ano) é uma demasia não autorizada. Mais grave ainda foi o equívoco da CF quando afirmou que o planeta é a "mais bela criatura de Deus". Para um católico, agregam-se aqui dois conceitos inaceitáveis. Designar o planeta como "mãe terra" é próprio do paganismo e do panteísmo. E a mais bela criatura de Deus, professor, é o ser humano, ápice da Criação! Nas palavras do Gênesis: Deus o criou "à sua imagem e semelhança; criou-o homem e mulher". A qualquer pessoa é lícito achar que não. Qualquer um pode considerar a Cordilheira dos Andes, a Amazônia ou o tigre de Bengala mais belos. Mas a CNBB, a Campanha da Fraternidade e os católicos não podem corroborar isso. Tal desapreço à dignidade da pessoa humana, em seu principal fundamento, é próprio dos totalitários.
Diz ele (certamente referindo-se ao meu artigo "Os donos da Educação") que, como professor de português, sempre ensinou seus alunos não haver certo e errado mas adequado e inadequado.
Respondo eu. Ensinar que não existe certo e errado mas adequado e inadequado em língua portuguesa é usar o relativismo, que tanto estrago faz na moral social e na conduta dos povos, para corroer o idioma e a capacidade de ascensão social dos alunos oriundos de famílias incultas. Duvido que algum professor de português adote essa pedagogia com seus próprios filhos.
Diz ele que as piores ditaduras foram as de direita (e cita como exemplo o nazismo e o regime militar de 64), mas que a direita tem a chamada grande imprensa do seu lado.
Respondo eu. O senhor devia pedir perdão aos cem milhões de vítimas do comunismo, por minimizá-las ante os rigores dos governos militares brasileiros. Nem o Paulo Vannuchi teve coragem de afirmar tamanho disparate. De outra parte, a grande imprensa, como qualquer organização empresarial, está com quem tem o dinheiro. E o dinheiro - 24% do PIB nacional - bem como as maiores contas de publicidade do país estão sob gestão do seu partido. Então, não me tome por tolo com esses bordões da esquerda. Eles talvez lhe sirvam à consciência, mas não convencem ninguém com um mínimo de bom senso. Como professor, o senhor deveria saber, também, que a doutrina do nacional-socialismo (nazismo) não era e não é de direita (conforme adverte o próprio site desse partido no Brasil). Ao contrário, o nazismo é uma doutrina de esquerda, tão totalitária, coletivista e estatizante quanto o comunismo. O fato de terem sido adversários políticos não os leva para campos ideológicos opostos. Uns e outros são filhos do mesmo ventre coletivista.
Observe, por fim, que eu só escrevo. Não grito, não agrido, não invado, não depredo, não vaio, não calunio, não difamo, não redijo panfletos caluniosos, não especulo sobre a honra de quem quer que seja. E o senhor sabe muito bem quem é useiro e vezeiro nisso. Atentamente
Percival Puggina "

terça-feira, 14 de junho de 2011

TORRES DE CELULARES VÃO DESAPARECER - Ethevaldo Siqueira

Enquanto isso em Campinas temos um Projeto de Lei Complementar que legailza a ilegalidade reinante no mundo das antenas, que ainda existel no Hemisfério Sul.



Torres de celulares vão desaparecer
7 de fevereiro de 2011 | 20h27

Ethevaldo Siqueira

Um dos problemas que mais preocupam as operadoras de telefonia celular e os responsáveis pela administração das grandes cidades no mundo é a poluição visual e o elevado consumo de energia das chamadas estações radiobase (ERBs). Esses inconvenientes talvez estejam com os dias contados graças à miniaturização de componentes e o avanço do software em telecomunicações sem fio (wireless), que poderão substituir totalmente as ERBs em todo o mundo.

A nova tecnologia, denominada LightRadio, foi anunciada ontem de manhã, em entrevista coletiva, pelos diretores da Alcatel-Lucent, em Paris e Londres, como resultado de um trabalho conjunto dos Laboratórios Bell (Bell Labs), dos Estados Unidos, em cooperação com as operadoras de telefonia celular Verizon (Estados Unidos), Orange (França) e China Mobile, que é a maior operadora de celular do mundo, com mais de 400 milhões de usuários.

Todo o equipamento de uma ERB fica reduzido a pequenos módulos com menos de um quilograma (1 kg), que podem ser fixados no exterior de prédios, postes, residências ou pontes. Sua cobertura é muito maior, inclusive em banda larga. A adoção da tecnologia dependerá agora de aprovação de governos, de organismos técnicos, de agências reguladoras de telecomunicações, bem como das operadoras móveis de todo o mundo.

O LigthRadio será demonstrado na Conferência Mundial de Mobilidade (Mobile World Conference), na próxima semana, de 14 a 17 de fevereiro, em Barcelona.

A Alcatel-Lucent considera esse avanço um dos saltos mais revolucionários na área das comunicações e prevê que, por seus custos muito menores, ele permitirá que o mundo alcance muito mais rapidamente as metas de universalização e de inclusão digital.

Entre outros benefícios do LightRadio, o presidente da Divisão de Wireless da Alcatel-Lucent, Wim Seldens, prevê: 1) Diminuição das emissões de carbono das redes móveis em mais de 50%; b) Redução do custo total dos investimentos em infraestrutura das operadoras móveis em até 50%; c) Melhoria sensível dos serviços para os usuários finais, por intermédio do aumento significativo do alcance da banda larga por usuário, graças ao desenvolvimento de pequenas antenas em todos os locais.

(Mais informações, no site www.alcatel-lucent.com/lightradio)

domingo, 12 de junho de 2011

DE DILMA PARA FHC EM SEUS 80 ANOS

“Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear.

O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.

Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje.

Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidaçãoo da democracia brasileira em seus oito anos de mandato.

Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito.

Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiraçãoo por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias.

Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!"

DNA é DNA diplomacoa cabe em qualquer lugar

sábado, 11 de junho de 2011

LER ! CONSELHO DE ADVOGADO - colaboração Lisandre Castro

LER!
CONSELHO DE ADVOGADO
Um advogado fez circular a seguinte informação para os empregados de seu escritório:

1. Não assine a parte de trás de seus cartões de crédito. Em vez disso, escreva 'SOLICITAR RG'.

2. Ponha seu número de telefone de trabalho em seus cheques em vez de seu telefone de casa. Se você tiver uma Caixa Postal de Correio use esta em vez de seu endereço residencial. Se você não tiver uma Caixa Postal, use seu endereço de trabalho. Ponha seu telefone celular ao invés do residencial.

3. Tire Xérox do conteúdo de sua carteira. Tire cópia de ambos os lados de todos os documentos, cartão de crédito, etc. Você saberá o que você tinha em sua carteira e todos os números de conta e números de telefone para chamar e cancelar. Mantenha a fotocópia em um lugar seguro. Também leve uma fotocópia de seu passaporte quando for viajar para o estrangeiro. Sabe-se de muitas estórias de horror de fraudes com nomes, CPF, RG, cartão de créditos, etc... roubados.

Infelizmente, eu, um advogado, tenho conhecimento de primeira mão porque minha carteira foi roubada no último mês. Dentro de uma semana, os ladrões compraram um caro pacote de telefone celular, contrataram um cartão de crédito VISA, tiveram uma linha de crédito aprovada para comprar um computador, dirigiram com minha carteira...

E MAIS...

4. Nós fomos informados que nós deveríamos cancelar nossos cartões de crédito imediatamente. Mas a chave é ter os números de telefone gratuitos e os números de cartões à mão, assim você sabe quem chamar.
Mantenha este onde você os possa achar com facilidade.

5. Abra um Boletim Policial de Ocorrência (B.O.) imediatamente na jurisdição onde seus cartões de crédito, etc., foram roubados. Isto prova aos credores que você tomou ações imediatas, e este é um primeiro passo para uma investigação (se houver uma).

Mas aqui está o que é talvez mais importante que tudo:

6. Chame imediatamente o SPC () e SERASA () e outros órgãos de crédito (se houver) para pedir que seja colocado um alerta de fraude em seu nome e número de CPF. Eu nunca tinha ouvido falar disto até que fui avisado por um banco que me chamou para confirmar sobre uma aplicação para empréstimo que havia sido feita pela Internet em meu nome. O alerta serve para que qualquer empresa que confira seu crédito saiba que sua informação foi roubada, e eles têm que contatar você por telefone antes que o crédito seja aprovado.

Até que eu fosse aconselhado a fazer isto (quase duas semanas depois do roubo), todo o dano já havia sido feito. Há registros de todos os cheques usados para compras pelos ladrões, nenhum dos quais - eu soube - depois que eu coloquei o alerta. Desde então, nenhum dano adicional foi feito, e os ladrões jogaram fora minha carteira. Este fim de semana alguém a devolveu para mim. Esta ação parece ter os feito eles desistirem

sexta-feira, 10 de junho de 2011

NOSSA DEMOCRACIA CLAMA PELAS CAMADAS MÉDIAS - Mara Kramer

A cidadania, entendida como a consciência do compromisso de cada um de nós com relação a todos os aspectos que interferem na vida nacional, pode ser exercida de várias formas. Não obstante, um dos símbolos marcantes desta condição coletiva de interferir diretamente nos rumos de um país é a manifestação popular nas ruas. A manifestação popular, espontânea ou organizada por instituições da sociedade civil, é a imagem mais forte do povo unido que assume sua liderança na democracia, expressando diretamente em primeira pessoa, suas reivindicações, criticas e propostas. Assim como a eleição, a manifestação popular reforça a democracia e o papel do povo no centro do debate e das decisões políticas, simboliza a responsabilidade e a força de uma sociedade madura. É desnecessário dizer que esta prática participa do cotidiano de todas as sociedades europeias e dos milenares povos orientais.

No Brasil, entretanto, existe uma grande resistência da população em manifestar-se coletiva e publicamente. Sabemos que o governo petista cooptou as habituais instituições de protesto popular como a UNE e os sindicatos. Logicamente, esta circunstância dificulta a organização social, mas sabemos também que a pratica de manifestar-se não participa de nossa tradição política, e os motivos pelos quais mantemos esta postura anti-cidadã não estão claros. No presente artigo gostaria de refletir sobre este tema objetivando entender melhor nosso comportamento político enquanto povo, embora tenha consciência do quanto é delicado o assunto no qual me adentro. Esclareço que o conteúdo aqui apresentado é resultado de leituras e observações, mas não foi submetido aos parâmetros de um trabalho científico.

Nas sociedades onde predomina a cultura rural é comum uma divisão social dicotômica e antagônica. Por um lado os donos da terra, detentores do poder político, econômico e cultural; por outro uma maioria de trabalhadores rurais, dependentes econômica e politicamente dos primeiros. Estes necessitam tanto laborar nas terras do grande proprietário para sobreviver, assim como carecem de sua proteção e bendição. De forma bastante breve, esta é a realidade socioeconômica brasileira desde o descobrimento até bastante entrado o século XX, e em algumas regiões ainda permanece. Desde as Capitanias Hereditárias e seus donatários, passando pelo ciclo da cana de açúcar no litoral, até as fazendas de gado e café do Sul e Sudeste, observa-se a reprodução contínua deste modelo. A figura do latifundiário, paternalista e escravocrata estendeu-se por todo o país. Ao poder econômico originado no campo agrega-se o poder político. O período emblemático desta situação é a “política do café com leite” nos primeiros quarenta anos da República. No Brasil esta estrutura chegou uma situação extrema, pois ao dono da terra se contrapõe a figura do escravo africano, seres humanos tratados exclusivamente como instrumento de trabalho. Os poucos trabalhadores livres, comerciantes, etc. dos primeiros séculos deveriam integrar-se no sistema para sobreviver, o que significava submeter-se à elite latifundiária. Neste sentido, a dicotomia, o antagonismo e a hierarquia constituem a gênese da organização socioeconômica do Brasil.

Esta situação começa a alterar-se no final do século XIX com o crescimento das cidades, a incipiente industrialização no Sudeste, a Proclamação da República, a abolição da escravatura, e a chegada dos imigrantes europeus como trabalhadores assalariados. Todos estes aspectos estão relacionados com a idéia de modernização de raiz europeia, que preconiza a urbanização, a industrialização, a democracia, o liberalismo econômico como condições para alcançar o progresso, e como consequência o desenvolvimento de uma camada média da população. Assim, as camadas médias são resultado do processo de modernização introduzido no país. Entretanto o desenvolvimento e organização deste setor não tem sido fácil devido sua recente trajetória e a instabilidade econômica e política do país que acompanha a história da República. Nestas condições esta parcela da população segue insegura com relação ao seu caráter e posição sociopolítica. Como expressão desta postura vacilante observa-se a dificuldade da construção de parâmetros claros que lhe permitam obter uma identidade própria. Neste contexto nossas camadas médias se equilibram entre os dois polos, as camadas baixas e altas, tanto no sentido econômico, quanto no sentido de identidade cultural, a qual inclui a política.

É um clássico dizer que as camadas médias se espelham na elite, mas em nosso país esta máxima adquire ainda maior peso considerando a contundência histórica da dicotomia, antagonismo e hierarquia no campo social, sua fragilidade e a ausência de nitidez quanto ao seu papel político na sociedade. Estes aspectos demonstram a existência de uma dificuldade de definição conceitual das camadas médias no Brasil, o que as impede de assumir uma posição autônoma na dinâmica política. Tendo em vista este contexto, sua opção é privilegiar um comportamento que a distancie das classes baixas e as aproxime das altas.

Corrobora para esta conclusão de base histórica o discurso recorrente de integrantes das camadas médias brasileiras quando indagados de porque não participam de manifestações populares. As respostas costumam ter este teor: “quem faz passeata é petista”(leia-se camadas baixas), “as pessoas bem postas não necessitam sair à rua para manifestar-se”, ou “se manifesta quem não tem o que comer”, “uma pessoa de bem não participa destas coisas”, e por aí vai. Estes comentários demonstram claramente o caráter elitista e hierárquico dos entrevistados, pois indicam que a manifestação popular é uma atividade para os necessitados, miseráveis, exatamente aqueles dos quais as camadas médias desejam afastar-se. A não-identificação com as camadas baixas é uma luta constante das classes médias brasileiras, pois manter o status não é uma tarefa fácil em um país em constante turbulência econômica e política. Paralelamente, ao afastar-se de um extremo ela aproxima-se do outro extremo, as camadas altas. Logicamente, a proximidade com a elite é interessante para as camadas médias, tanto por razões praticas (profissionais, sociais, etc.), quanto por razões simbólicas. Entretanto, ao avaliar a questão política a partir da imagem social, as camadas médias abrem mão de sua capacidade qualitativa e quantitativa de intervir na movimentação política do país segundo seus interesses.

Parte do problema reside na ausência de caráter das camadas médias no país, determinado por suas características, problemática, contexto, reivindicações, expectativas, filosofia, etc. peculiares. Estas devem contribuir para o avanço do conjunto da população, mas contêm perspectivas e exigências próprias relativas ao seu modus de vida. Sua luta deveria ser neste sentido, mas não é, pois a identificação com as camadas altas retira-lhes o foco do combate em prol de suas necessidades, princípios, projetos e soluções para os problemas específicos. Seu espaço no cenário político fica vazio. As camadas médias passam a constituir uma força política em potencial, mas inerte, abafada por sua própria inconsciência.

É bem verdade, que as camadas médias brasileiras encontraram nos últimos tempos um meio de expressão, a internet. Esta ferramenta tem sido amplamente utilizada por esta parcela da população para mostrar sua indignação e repúdio à política atual, sobretudo a partir das eleições de 2010, e verifica-se que tem obtido bons resultados. Logicamente, a movimentação política via internet é positiva e tem demonstrado nos quatro cantos do mundo sua eficiência, além de sua contemporaneidade. No Brasil, sob meu ponto de vista, evidencia um desejo de participação e interesse político inédito em grande escala. Entretanto, penso que fazer da internet o “espaço” exclusivo da luta política das camadas médias é um tema que merece maior atenção. É a internet suficiente como meio difusor do processo de construção de cidadania? É possível apenas através da internet alcançar a totalidade da população e inclui-la no processo de construção da cidadania? Nos demais países a intervenção da internet limita-se a difusão de idéias que visam a mobilização e o debate no mundo real, porque no Brasil este fenômeno não ocorre?

Penso que a reflexão sobre a ação “delimitada” das camadas médias no mundo político nacional, incluindo sua resistência a participar das manifestações populares, poderia estimular o debate sobre o tema e uma revisão de postura. As camadas médias crescem no país, e, portanto ganham força, qualidade que não deve ser desperdiçada, menos em um momento no qual o país passa por grave crise moral e política. Neste momento, este contingente da população é chamado a manifestar-se consistentemente na busca da revalorização dos princípios morais e éticos os quais sempre defendeu. É convocado a exigir compromisso e competência dos políticos na gestão pública e responsabilidade com os recursos públicos. A atuação ativa das camadas intermediárias no campo político é insubstituível e indispensável para o amadurecimento político de um país.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

10 paise onde menos e mais se tem que trabalhar p/ pagar impostos

10 países onde menos e mais se tem que trabalhar para pagar impostos 2011
MENOS:
1. Maldivas: 0 horas
2. Emirados Árabes Unidos: 12 horas
3. Bahrein: 36 horas
4. Qatar: 36 horas
5. Bahamas: 58 horas
6. Luxemburgo: 59 horas
7. Omã: 62 horas
8. Suíça: 63 horas
9. Irlanda: 76 horas
10. Seicheles: 76 horas

MAIS:
1. Brasil: 2.600 horas
(são 500 horas a mais que o dobro do 2º colocado !! Mas pelo menos aqui os serviços públicos são impecáveis...)2 Bolívia: 1.080 horas
3. Vietnã: 941 horas
4. Nigéria: 938 horas
5. Venezuela: 864 horas
6. Bielorrússia: 798 horas
7. Chade: 732 horas
8. Mauritânia: 696 horas
9. Senegal: 666 horas
10. Ucrânia: 657 horas
Fonte: Banco Mundial (Doing Business 2011)

BASTA O ESSENCIAL - anônimo

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, chupo displicente, mas percebendo que faltam poucas. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade... Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial."
(Anônimo na multidão)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

PMDB; a fênix? - Roberto Freire

A crise entre PMDB e PT é o sinal de que está emergindo das contradições da base aliada do governo um PMDB com certo grau de unidade, que está exigindo mais respeito. Mostrou-o o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), na votação do Código Florestal, na qual a emenda da legenda desagradou o governo.

"Nós somos governo", disse Alves, retrucando as críticas e censuras que se seguiram ao gesto perpetrado na estrondosa aprovação do texto da emenda. Expressava a afirmação de que não só o PT é governo, coisa que não parece muito clara aos adeptos do lulo-petismo.

Tratado com desprezo nos dois governos de Lula - que estava interessado apenas no número de votos que o partido lhe garantia no Congresso e no tempo de televisão - e também nesse comecinho da gestão Dilma, o PMDB está deixando de ser uma federação, um agrupamento de facções, para voltar a ser um partido de grande porte, que quer ser considerado como tal.

Isso entra em choque com o petismo, que, narcisista, vê apenas a si próprio como digno de respeito, que é incapaz de dispensar a outro partido o mesmo tratamento que deseja receber. É claro que nem todos os peemedebistas integram esse processo de renascimento do partido.

Existem - e não em pequeno número - aqueles que apenas se saciam nos governos aos quais o PMDB garante maioria no Congresso. Esses continuam velhos como suas práticas patrimonialistas e fisiológicas, agarrados a algum naco de poder disponível na máquina do oficialismo. Em outra ponta, há gente querendo mudar esse diapasão.

domingo, 5 de junho de 2011

A EMPADA E A AZEITONA - Ro9lf Kuntz, Estadão

O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi ao Senado, ontem, para discutir as últimas grandes bobagens de seu Ministério e, portanto, para mais uma grande sessão de perda de tempo. Ele só foi convidado porque sua pasta, como tantos outros setores da administração federal, continua gastando energia e dinheiro com assuntos e objetivos errados. No Brasil, fala-se muito sobre a azeitona e cuida-se pouco da empada. Briga-se muito por um Código Florestal, enquanto defensores da floresta são assassinados. Mata-se à vontade, porque um Código muito mais importante, o Penal, pouco vale neste país. Encoraja-se o crime, porque outro Código, o de Processo, permite postergar por 11 anos a prisão de um assassino confesso. A ineficácia da lei penal, a persistência dos baixos padrões educacionais, a transformação do magistério em profissão de risco, os orçamentos de mentira e as tantas outras aberrações tipicamente brasileiras são sinais da mesma enfermidade.

O País paga caro por essa doença – a incapacidade crônica de dar prioridade às coisas mais importantes. Esse é o caso da educação. O Brasil entrou no clube das dez maiores economias. Só manterá essa conquista se der muito mais atenção a algumas condições fundamentais. Essas condições só podem ser muito ruins, num país classificado entre os últimos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Em 2009, os estudantes brasileiros ficaram em 53.º lugar no exame de leitura, em 57.º no teste de Matemática e em 53.º na prova de Ciências. Participaram representantes de 65 países.

Será muito difícil uma classificação melhor, se as crianças brasileiras forem à escola para se acomodar no padrão do nóis fala assim memo, defendido pelos gênios da educação nacional. E isso é só uma parte da história. Crianças bem alfabetizadas, estimuladas a ler, bem treinadas em Matemática e familiarizadas com as Ciências provavelmente serão mais propensas a pensar com liberdade, a entender e a aceitar as diferenças e agir com civilidade e respeito. Essas qualidades serão realçadas se os alunos puderem aprender muito mais do que hoje sobre a história e a organização social e política de seu país – como se aprendia, antigamente, nas escolhas públicas. No Ministério da Educação, prefere-se gastar tempo e dinheiro com um kit anti-homofobia rejeitado pela presidente Dilma Rousseff. Não se trata, segundo ela, de um kit educativo, mas de propaganda de uma orientação sexual. Mais um erro, portanto, de um Ministério marcado por numerosas trapalhadas e provas de incompetência.

As falhas vêm de longe e foram estimuladas por oito anos de intensa demagogia. Cuidou-se de ampliar as portas do chamado ensino superior, como se a dificuldade de acesso às faculdades fosse o grande problema educacional. Não era nem podia ser o grande problema. Em 2009, apenas 50,9% dos jovens de 15 a 17 anos estavam matriculados em cursos compatíveis com sua idade. Essa era a média nacional. No Nordeste, apenas 39,2% frequentavam as séries adequadas. Mesmo no Sudeste, onde foram encontradas as melhores proporções, a taxa de escolarização líquida dos adolescentes daquela faixa era de apenas 60,5%. Repetência, ingresso tardio e dificuldades para avançar nos primeiros anos do ensino foram as explicações apontadas na pesquisa do IBGE. Entre 1999 e 2009, o número de anos de estudo das crianças de 14 anos pouco aumentou: passou de 5 para apenas 5,8.

No Brasil, só 37,9% dos jovens entre 18 e 24 anos tinham completado pelo menos 11 anos de estudos. Técnicos da Comissão Europeia tomam esse nível de escolaridade para avaliar a eficiência educacional de um país e sua capacidade de combater a pobreza. O Brasil obviamente vai muito mal nesse quesito, embora tenha havido melhoras em dez anos. Será necessário um avanço muito maior para se chegar a uma situação parecida com a de economias mais competitivas. Mas essas economias provavelmente continuarão progredindo e, portanto, o Brasil terá de realizar um esforço muito maior. Isso será impossível, se as prioridades atuais forem mantidas.

A presidente Dilma Rousseff parece haver percebido algumas das maiores bobagens educacionais. Isso deve explicar seu interesse em investir mais em formação técnica e, além disso, no treinamento para facilitar a saída do programa Bolsa-Família. Se essas mudanças ocorrerem, a demagogia será em parte substituída por políticas eficazes. Mas a vocação para errar o alvo é bem espalhada entre os Poderes da República. A revista Veja mostrou a favelização da periferia de Boa Vista, uma consequência da expulsão, pelo Judiciário, dos fazendeiros da Reserva Raposa-Serra do Sol. Com eles, foram-se muitos trabalhadores das fazendas. Não faltam companheiros ilustres ao ministro da Educação.

sábado, 4 de junho de 2011

BOMBEIRO É RAÇA E VIBRAÇÃO - Juquiel dos Santos

O Governador Canalha do Estado do Rio de Janeiro , Sergio Cabral Filho , teve a coragem e canalhice de Jogar Bombas de Gás Lacrimogêneo , e atirar contra Bombeiros
Uma das Instituições mais sagradas no Estado Brasileiro ou Mundial pois goza de 99 por cento de aprovação só quem trabalhou ou viveu ou precisou de Bombeiros , sabe da regra de conduta e ato que permeia um Bombeiro A vida acima de tudo com sacrifício da própria altruísmo ao extremo só trabalha e só permanece no Bombeiro quem é humano e sabe ser útil

Como preserva a vida combatendo a morte ? Se a própria família não têm garantias de sobrevivência . graças ao salario de fome que levam para casa , com apoio de entidades sindicais e de lideres dentro da própria corporação os Bombeiros cariocas somente queriam ajuda de custo e um mínimo de aumento Raça e Vibração o Bombeiro é Tradição

salarial mas o Nobre Canalha Governador em, vez disso mandou o Choque bater agredir e atirar contra Bombeiros , que num ato desesperado porem pacifico invadiam o quartel central no Rio de Janeiro .

Cabral que é jornalista de profissão pouco sabe de segurança tanto é verdade o teatro que tem demonstrado no combate ao crime organizado no Rio , as UPPs que não passam de factoide politico eleitoreiro criado por ele e pelo Beltrame seu secretario de Insegurança publica
Cabral no dia que mandaste bater agredir e atirar contra bombeiro nesse dia tua historia politica esta manchada teu desgoverno desastrado não será esquecido um dia Você Cabral aprendera que onde estiver o perigo , enquanto todos correm dele um Bombeiro corre para ele , e de lá não sai enquanto a ultima vida não for resgatada , não se atenha RD2 PM , e nem a lei pois já se cogita ate mesmo em sentenças Judiciais nem tudo que é legal é moral Você Cabral não tem Moral alguma de atacar BOMBEIROS
Aos Irmãos cariocas minhas sinceras solidariedades e tomara que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o STF te puna Cabral por incitação á violência pois ao cessar o dialogo só faltou o Manifesto aos HEROIS DO FOGO e a você a legitimação do uso da Força de um Estado Falido que para mim não é legitima é Canalhice , e covardia .

Juquiel dos Santos é Jornalista MTB 40840 SP
Ex Bombeiro com muito Orgulho e muita Historia de Vidas

sexta-feira, 3 de junho de 2011

LUTA FRATRICIDA - Roberto Jefferson

Quando a oposição conseguiu aprovar a convocação de Palocci para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara, abriu de vez ao povo a briga fratricida que ocorre no PT. O ministro da Casa Civil nem morreu ainda, e o PT já fala em nomes para substituí-lo - os dois por ora cotados são Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Paulo Bernardo (Comunicações). Se e quando Palocci cair, a oposição terá de agradecer ao PT, porque o velório está sendo patrocinado, inteiro, pelo partido de Lula e Dilma.

No passado, o PT matava para chegar ao poder; hoje, ele começa a morrer pelos abusos cometidos no exercício dele.


Postado por Roberto Jefferson às 12:41

quarta-feira, 1 de junho de 2011

EPTV editorial CORAGEM DR.HÉLIO

EPTV Editorial


Coragem Dr.Hélio

Dra Rosely, a Secretária-Chefe de Gabinete da Prefeitura de Campinas, saiu em férias. Férias "programadas" segundo a assessoria dela. O Prefeito Dr Hélio concedeu as férias àquela que é apontada pelo Ministério Público como a “Chefe” dos esquemas de corrupção e bandalheiras comprovadas na nossa cidade. Protegida por um habeas corpus preventivo - único motivo pelo qual não foi recolhida à detenção como seus companheiros de governo e operadores do esquema denunciado pelo Ministério Público - a Dra Rosely segue na articulação da Administração Municipal. Uma licença médica aqui, umas férias ali ...E a população de Campinas segue sofrendo com a crise na nossa cidade. Primeiro os que mais precisam...Dr Hélio mostra que é um prefeito de opções. Apesar de mostrar-se sempre surpreso e desconhecedor do esquema que desmoralizou completamente sua Administração, não hesitou em fazer as opções que julgou convenientes: Entre Governar com técnicos sérios da nossa cidade ou chamar seus estranhos amigos de Corumbá, optou pelos amigos...Entre acompanhar, responder e rejeitar as denúncias do Ministério Público ou silenciar de maneira oportuna, optou pelo silêncio...Entre demonstrar liderança e lealdade ao povo que o elegeu ou proteger a sua esposa para que não seja ela presa, optou pela proteção à esposa que “ até as escadas da Prefeitura” já sabem estar envolvida nos esquemas de corrupção da Prefeitura.O ex-prefeito Chico Amaral disse que Dr. Hélio “não tem mais condições morais para governar Campinas”. Magalhães Teixeira e Toninho Costa Santos, pelo exemplo de seriedade e dignidade, não iriam discordar se estivessem entre nós. Os exemplos que nos deram são fundamentais para que possamos colocar a moralidade pública novamente fortalecida da nossa cidade. Não é hora de cinismo, disfarces, licença médica, férias etc...Até os secretários sérios da Administração (sim ,existem alguns que não vieram de Corumbá!) mostram-se muito desconfortáveis na continuidade dos seus bons trabalhos. Acabarão saindo para não ser confundidos aos que nossa cidade conheceu de pior na Administração Municipal e ter de apagar a luz...Vamos ter fé que Dr. Hélio continue sendo um homem de opções. Terá algumas pela frente: Seguirá exclusivamente obcecado na defesa judicial da sua esposa, a Primeira Dama Dra Rosely, ou dará algum espaço para a população que nele confiou, procurando recuperar a sua autoridade, reconhecendo os seus erros e concluir melancolicamente o seu mandato? Tentará contar com o impossível esquecimento da opinião pública, da imprensa e do Ministério Público ou cairá na real para tentar encontrar uma solução para a crise criada dentro dos gabinetes da Administração? Preferirá seguir sangrando durante o longo período de trabalho da Comissão Processante que decidirá o impeachment ou optará por renunciar o mandato procurando reconstruir seu espaço político no devido tempo como os ex-presidentes Janio Quadros e Fernando Collor? Coragem Dr. Hélio! Ela é fundamental nos homens públicos que amam o seu povo. A sua opção é importantíssima para a tranqüilidade, segurança e estabilidade da população de Campinas. Mais do que nunca, primeiro os que mais precisam! E é a população de Campinas, que necessita rapidamente conhecer a sua opção de forma serena, equilibrada e acima de tudo muito transparente.