segunda-feira, 12 de outubro de 2009

RECEITA DE CARLOS CHAGAS

De Carlos Chagas, longevo e uma das grandes capacidades em anãlise política

Um pretendente à presidência da República que defender a pena de morte para crimes hediondos, por exemplo, deixará de sensibilizar os eleitores? Se avançar mais no reino do inusitado, prometendo enquadrar o Legislativo e o Judiciário, não despertará entusiasmo? Caso se comprometa com a obrigatoriedade de permanecerem presos os criminosos do colarinho branco, os especuladores e os malandros com bilhões aplicados fora do território brasileiro, sem direito a habeas-corpus, conquistará quantos milhões de votos? O que dizer do candidato disposto a enfrentar a ferro e fogo o narcotráfico e o contrabando, tratando bandidos como devem ser tratados? Ou aquele que se dispuser a acabar com a farra dos bancos, anunciando a estatização dos que vivem das benesses dos cofres públicos? Algum com coragem de anunciar que não permitirá mais a humilhação do Brasil por parte de vizinhos ensandecidos? Nas prateleiras da indignação do cidadão comum existem mil outros produtos prontos para ser oferecidos. É bom prestar atenção, apesar dos excessos que despertará esse tipo de ajuste de contas entre o eleitor e os candidatos.

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