quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Lata de Lixo International Corp.- Ralph Hofmann

Quando um país age como se não houvesse leis ou como se apenas devam “pegar” as leis que não ofendam qualquer interessado influente sua reputação facilmente escorrega para o esgoto cloacal. Passa a atrair interessados do exterior.
Há rumores de que um efeito colateral do asilo concedido a Battisti resultou num forte aporte de negócios italianos no Brasil. Serão negócios sicilianos. O Brasil será o mais novo campo de atuação de uma “Onorabile Societá” que vislumbra um judiciário molenga e um executivo ávido de discretas “joint ventures” (associações) com moderna tecnologia de lavagem de dinheiro.
Estes rumores deveriam preocupar os atuais donos da bandidagem nacional? Creio que sim. Afinal, devemos nos lembrar do massacre do dia de São Valentim (*). Gangsters sicilianos são muito mais profissionais que a maioria dos bandidos atuais do Brasil, cujos “soldados” normalmente tem uma baixa expectativa de vida devido a um certo fatalismo.
Os gangsters sicilianos tendem inclusive a assumir controle do jogo ilegal e depois, aonde o jogo for legalizado tratam de tentar obter seu controle através de laranjas. O Brasil parece ser um campo desenhado para este tipo de atuação. Resta apenas saber se conseguirão adaptar-se ao mercado da criminalidade brasileira antes que esta se adapte aos seus sistemas.
Abram o olho se abrirem muitas pizzarias e trattorias novas em seu bairro nos próximos tempos.
Naturalmente já há indícios de que a adaptação do crime estrangeiro ao Brasil está bem encaminhada. Não são poucos os casos de escândalos ligados à coleta de lixo no Brasil, inclusive por empresas ligadas ao antigo “primeiro damo” de Martaxa, Luiz Favre.. Como todas as pessoas apreciadoras de filmes sobre crime organizado sabem, a coleta de lixo é campo de atuação primordial da máfia em New Jersey, USA.
Por outro lado, “pegar mole” com legislação ambiental no que se refere ao lixo parece já ser a fama do Brasil.
Aproveitamos para incluir abaixo um link para o artigo de Videversus do Jornalista Vitor Vieira (**) sobre a terrível ameaça que paira sobre as águas do lençol freático e rios da Grande Porto Alegre, inclusive a existência de prováveis depósitos de ascarel um dos mais perigosos produtos poluentes existentes.
A atenção sobre a empresa (OSCIP) UTRESA apenas foi despertada após um evento que não poderia ser ocultado, ou seja, a morte de 90 toneladas de peixe num rio. Caso contrário seria uma bomba relógio silenciosa. O evento dos peixes serviu como aviso, mas não sabemos quantas pessoas já estão, neste momento, tendo sua saúde minada por eflúvios de depósitos como este.
Lembremos que a UTRESA é uma organização legalmente constituída para dispor de lixo, porém que aproveita seu alvará para agir ao arrepio da lei, acomodando tipos de dejetos para qual não foi aprovada.
Quantos casos idênticos haverá no Brasil?




(*) O Massacre do dia de São Valentim foi o assassinato de sete pessoas em Chicago em 14 de fevereiro de 1929 como resultado da guerra entre as gangues de Al Capone e Bugs Moran pelo domínio do comercio ilegal de bebidas alcoólicas proscritas pela Lei Seca.
(**)http://poncheverde.blogspot.com/2011/08/toneis-formam-base-da-famigerada-vala-7.html

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